segunda-feira, 24 de maio de 2010

Uns olhares

Olhando pra trás,
pro povo de roupa colorida,
cabelo comprido
estamos vendo como tudo era diferente
mente aberta,
gente esperta, olhando em frente,
buscando a beleza do pensamento livre,
vida bela lá adiante.

E nós aqui, olhando pra trás,
vendo belos seus amores,
sonhando com tempos que não voltam;
Como as flores,
que caem do cabelo

Mas mirando uns aos outros,
nossos olhares não se cruzam.
Vemos o que deixamos as nossas costas,
somos nossas próprias respostas,
pois entre nós há um espelho.

sábado, 22 de maio de 2010

Pôr-do-só

Como no fim do dia ensolarado,
longo, belo
Quando alguém percebe ter ninguém a seu lado,
longe, esquecido

Mas e de quem são as pegadas,
então?

Como no fim do dia ensolarado,
do topo do morro até o meio do céu,
o laranja vai deixando o azul,
ficando pra trás,
e lá no alto é só ele que resta
o azul e os pingos brancos
E aí se percebe sozinho
E aí vem a escuridão.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Contra-quem?

Ontem eu cheguei na sala,
Na hora que o mundo se cala.
E havia um robô lá sentado,
com seu carregador de asneiras ligado

E o que ele quis dizer,
fazendo beep beep pra mim,
foi que eu tô muito errado,
que tô ficando mal falado,
e que não dá mais assim

Então entendi, pra meu espanto,
que as pessoas se preocupam tanto
com meu cabelo comprido
mas nada com o que eu tenho sentido.