segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Então

E então foi aqui que me revi
Voava, delirava e acordei.
Tudo era escuro ao meu redor
Invisível aos olhos que ceguei;

Dia claro e luz nenhuma,
Meu braço inerte, leve pluma,
A mente lá longe, página rasgada,
Folheia a si mesma, história inventada;

Que doce agressão é a morte,
Como a vingança de um trago forte,
Ida por passagem de eterna mudança,
A um lugar de nenhuma lembrança.

domingo, 29 de novembro de 2009

Caia

Inverter os lados,
quebrar cadeados,
saltar sobre o salva-vida,
há um caminho, uma saída.

Encontra a ti, do lado de fora,
Anda logo, uma hora vai embora.
A saída fica pra dentro de nós...
Só somos nós estando sós.

sábado, 28 de novembro de 2009

E o que?

Esperando uma chegada,
Um momento de alegria,
A hora chega e vem nada.

E que tu espera, pessoa só?
Parada ficarás perdida,
Teu sorriso se enche de pó;
A esperança foi esquecida.

A partida

Beba um gole desta nave, e não estamos sós!
Ainda é cedo pra fugirmos, pra dentro de nós!
De mãos dadas, com um sonho em comum,
Partir pro mundo inteiro, de lugar nenhum...

Há quem diga que o sorriso é uma arma,
Que o guitarrista é um agente do karma,
No fim, então, perceberemos:
Uns aos outros é tudo que temos.