sábado, 10 de abril de 2010

Fuga

Por onde passei olho a calçada...
e percebo: na poeira, não há pegadas!
Será que meu caminho foi uma ilusão
ou meus pés que não tocaram o chão?

Pra onde vou, enquanto não sei quem sou?
E tonto que estou, ainda por cima,
eu, que esperava me salvar em uma rima,
preso numa sela ensolarada,
me sinto em fuga alucinada,
tentando fugir de um medo que não veio,
agora entendo - não há escolha,
quando se começa no meio.

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