Me mostra, homem,
me mostra uma flor.
Tu que é esperto,
que faz, que constrói
que vive do certo,
que escreve e destrói,
me mostra, homem,
de tua mão, uma rosa.
Faz ela bela,
faz ela cheirosa
me mostra, homem,
mestre artesão,
senhor do saber,
faz, com a tua mão,
ao menos uma vez,
o que tua mãe,
em mundos inteiros, fez.
Fábricas, oficinas
Brinquedos de aço,
máquinas assassinas.
Fácil é construir a morte,
A cabeça do homem cai,
O dentro dela não é forte.
Orgulhoso que é, esse homem,
senhor do falatório,
diante dessa proposta,
entra no laboratório,
vai fazer o que mais gosta,
tentar se mostrar poderoso,
construir e lapidar
um projeto grandioso.
Até quando terminar,
se sentindo orgulhoso,
se apontará como criador,
terá feito sua própria rosa,
perfumada, sem vida, sem amor.
Me mostrará, homem,
a flor que tu criou...
as dúvidas agora somem,
veremos a quem enganou.
E no fim, lá no cantinho
Medroso que é, eu já sei,
tu vai esquecer do espinho.
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Tô patrocinando esses textos. Não com meu dinheiro, mas com trabalhos de aula heheehe.
ResponderExcluirNão deixa de ser um tipo de patrocínio.
E tá valendo a pena? (:
ResponderExcluirFaraônico... O final ficou ideal...
ResponderExcluirRamon!?
ResponderExcluirVocê por aqui? Em um BLOG??? =D
uaheuaheuhaeuhaeuheauehaehaeauheahueauhaeuhaeuheauheahu